OBCESSÃO

Não sei como você não percebeu. Comigo você pode conquistar céus, terra e mares... pode ser compelo e feliz... eu poderia ser teu pão, a tua comida, matar tua sede na minha saliva.

NADA mais te faltaria, somente comigo ao seu lado você poderia ser e ter tudo aquilo que desejas, mas preferes a tua propria escuridão do que o meu completo amor.

Não entendo como podes ser tão cego. Buscas por algo que está a tua frente, ao teu lado, nas tuas costas, dentro e fora de ti... algo que faz parte da tua materia, espirito e respiração

Comigo você não é completo, você se torna perfeito, indestrutivel, basta apenas ouvir o comando da minha voz dizendo que rumo e direção tomar, mas prefere viver na tua escuridão, seguir os caminhos que te levarão a lugar algum.

Posso ser a luz do teu caminho escuro, a estrada da tua vida, o dinheiro do teu bolso, posso ser o teu bolso e a tua calça, posso ser teu tudo enquanto vives no nada.

Não percebes que és pó e sem mim, enquanto sou a água que iria dar forma aquilo que poderia ser, permaneceras sendo pisado por outros, sendo o chão que outros pisam, sendo a poeira que é varrida de uma casa, uma mansão que poderia ser tua, nossa.

Na cadeia alimentar poderia ser o leão a rugir em volta da presa, mas tu já viu que és a minha presa, estas nas minhas garras, mas não sei como não te devoro.

Poderia ser o sabio a filosofar, poderia te ensinar a ser o melhor entre os melhores, mas preferes ser só mais um alguem a vagar em busca de um lugar ao sol, sendo eu o teu sol, escolhendo não te dar a luz que queres enquanto a mim não se render.

Sabe o frio que passa em algumas madrugadas, em apenas um sopro eu resoleria teu problema e seria teu cobertor. Ao olhar para cima e não ver um teto sobre a tua cabeça, quero que percebas que ao ver ao longe o céu estrelado eu sou aquela estrela que mais brilha e te chama a atenção mas que tu não podes e nem deves tocar.

Mas enquanto não percebes isto, sendo apenas pó, faço da tua vida o que eu quiser, sem ter e nem te cobrar nada, te coloco na areia movediça da minha ampulheta, te varro do meu caminho, se sopro aonde quiser e se um dia quiseres me desfazer de ti, jogo no lixo que era de onde te tirei e de onde você nunca mais precisaria voltar, desde que me desse o que eu quero: tu, a tua respiração, o teu sono, o teu levantar e o teu deitar, a tua vida e e é claro até mesmo a tua morte.
20/12/2011
20/12/2011