MEU TEMPO

Hoje, ao conversar com um amigo sobre a vida percebi que minha vida deu uma volta de 180 graus com direito a cambalhotas e LUPIN'S.



Precisava me renovar. Precisava renascer. Precisava me encontrar e com certeza posso dizer que cheguei ao meu objetivo.


Abri mão de coisas, lugares e pessoas que pensei que para mim seriam eternos. Sabe aquele lugar que você vai sempre que precisa de um norte, esse lugar um dia me fechou as portas... não por ele... nem por mim, era a hora disto acontecer. A gente não fica eternamente na barriga da mãe, não que ela queira nos expulsar dali, mas chega uma hora em que estamos grandes e precisamos de mais espaço, precisamos conquistar o nosso espaço... e eu conquistei.
Sabe aquelas pessoas que as vezes viraram o noite ao teu lado sorrindo, jogando conversas fora, vendo filme ou até mesmo no silencio da cumplicidade? Pois é, tomamos rumos diferentes, caminhos diferentes. Cada um seguiu o seu curso e a vida, o dela. Nos amamos, nos adoramos até hoje, mas a distancia física é grande.


Isso nos tira da tão falada zona de conforto, nos faz galgar por lugares distantes e nunca vistos por nós...
Ficamos sozinhos... mentira, sempre fomos sozinhos, mas antes dividíamos a nossa solidão com outros. Não somos uma ilha, neste percorrer de novos rumos encontramos outras pessoas que assim como nós buscam o mesmo alvorecer, a mesma aurora, o mesmo campo, a mesma sensação e com estes dividimos a nossa solidão.


Nascemos sozinhos, no momento em que achamos ser necessário, e quando achávamos estarmos prontos. Vivemos sozinhos, ouvindo conselhos, mas tomando as decisões no momento e na hora em que achamos estar certos... o resultado, desfrutamos sozinhos, a alegria de um amigo nunca vai se comparar a nossa, pois nossa vitoria permanece dentro de nós, onde o labirinto dos pensamentos e emoções é tão grande que até nós mesmos nos perdemos.
Nos perdemos dentro do nosso vazio, da nossa solidão, da nossa alegria, dentro de nós por inteiro, aquele misto do que fomos, do que somos e na esperança daquilo que seremos.


Buscamos um equilíbrio que não pode ser mudado por situações externas... mas que condizem com aquilo que pensamos e sentimos... traduzimos isso no olhar. E ao ver os olhos de uma pessoa que está ao nosso lado, lemos seus objetivos, sonhos e promessas quebradas e reerguidas, nos afastamos ou nos aproximamos, aprendemos a amar outras pessoas, aprendemos a viver com outras pessoas mas o principal aprendemos.


Na escola da vida sou estudante, no espetáculo da vida sou protagonista. Sou o ator principal e essa peça vai ter um final feliz, pois o diretor e roteirista sou eu, mas claro, tudo isso ao MEU tempo... NEOQAV
26/04/2011