[...]Eu tranco a porta pra todas as mentiras, e a verdade também está lá fora. Agora a porta está trancada!... Perder é não ter a bussola, é não ter aquilo que era seu. E o que você quer? Orientação. [...]
As vezes algumas coisas fazem com que percamos o equilibrio. Uma pedra solta, um buraco, um empurrão ou uma noticia, um problema, ou algo inesperado.
Uma pedra solta no passado faz com que nos desequilibremos. Faz com que olhemos para tras e vejamos a porta que ficou fechada atras de nós. Vemos aquilo que deixamos para tras.
Um buraco fica dentro de nós, um vazio, uma sesação de solidão, frio, medo, arrependimento. Medo do desconhecido, medo do que não vimos. enquanto estavamos trancados lá dentro estavamos bem, com os pés firmes no chão, mas nosso caminho agora tornou-se cheio de buracos e o nosso interior também.
As vezes um empurrão de um "amigo" bem ou mal intensionado pode nos desequilibrar a ponto de perdermos nosso Norte, nossa direção e nos deixe perdido, sem sentidos ou sentimentos. Ficamos frios com todos, nos fechamos para as pessoas e consequentemente para a vida. Perdemos de ver ou sentir coisas que poderiam ter sido maravilhosas por causa daquilo que nos machucou e feriu.
As noticias que chegam aos nossos ouvidos são perfeitas para nos derrubar, não falo de noticias que vemos na televisão ou jornais. Falo daqueles que nos dizem respeito, que nos atingem em cheio, acabam com nosso ego. Auto estima? Se foi com aquela noticia. Nos sentimos na primeira pagina de um jornal como se fossemos um criminoso procurado ple policia. Mas porque nos sentimos assim? Ferimos ou matamos alguem? Não. Apenas fomos sinceros conosco e com as pessoas que nos cercam , mas isso, nos dias de hoje, parece ser crime.
Pessoas sinceras e honestas quase não existem mais. Deixamos que a nossa natureza ruim, aquele "outro" que temos por dentro dê vazão no nosso cotidiano utilizando apenas o nosso corpo como valvula de escape. Nas suas atitudes insanas ele toma conta, age, vive, mente, rouba. Age por impulso, vive uma vida que era para ser nossa, mente sobre nós, não apenas a idade mas sobre quem somos e com isso rouba o nosso direito a completa liberdade e o direito de as pessoas ao nosso redor nos conhecerem. Tudo isso longe daquele lugar que nos aconchegava, atras daquela porta, onde todos ali nos conheciam profundamente.
Atras da porta, segurança. Fora dela, incerteza. Todos nós nos prendemos dentro de nós, trancamos as portas e nem as janelas ficam livres disso. Por mais que vivamos em sociedade, em acordos como namoros e casamentos, nos sentimos solitários, sozinhos, porque as nossas portas estão trancadas. trinques e cadeados são pouco para a nossa prisão interna.
Sair dessa zona de conforto, abrir a porta e percorrer o caminho que nos é devido com todos os seus percalços pode ser perigoso, mas ao mesmo tempo excitante, emocionante e envolvente. Cair não é o pior, não levantar é o pior. Equilibrio? As vezes perderemos, mas o que seria de nós sem as provas que nos tornam mais fortes e sabios?
As vezes as portas se fecham a nossa frente. Oportunidades passam, promessas não são cumpridas. Cabe a nós, olharmos para a porta fechada e perceber que se ela se fecha pode ser para que novas portas se abram trazendo mais oportunidades que nos levarão rumo a felicidade... mas em caso de nenhuma se abrir, opte pela janela! Ficar preso dentro de mim não serve... quero a liberdade de sair e entrar... ir e vir... nem que seja pela janela.
04/05/2011
